sábado, 25 de dezembro de 2010

O Fim do Outono


Viu as folhas secas caírem lá fora sem esperança de voltarem ao cimo da árvore e brilharem na primavera seguinte, observou o Outono decorrer lá fora, enquanto a sua pele envelhecida pelo tempo desidratava e formava um percurso para lágrimas que jamais desejava até ao seu coração para e a última folha cair morta no chão.

Com amor, Sally.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Chuva


Porque a chuva cai lá fora, impiedosa e fria, sublime e solitária. Cai sobre as mentes cheias de pensamentos, cai em forma de alívio. Cria a melodia do inverno, por entre aqueles que voam em sinal de liberdade. Porque a chuva é a liberdade dos meus olhos e o descanso do meu coração, ainda quente dos teus beijos.

Com amor, Sally.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Amo-te


Apesar de tudo, os teus olhos formaram uma expressão desconhecida e os teus lábios desenharam um amo-te que saiu de surpresa… esperavas uma resposta, a que não te conseguia dar, a minha mente corria por todas as palavras em busca das mais bonitas, mas todas elas eram camufladas por suspiros mentais e vontade de te beijar.

Com amor, Sally.

Pó, apenas pó


Caminhei por caminhos desconhecidos de alucinações, caminhos escuros e mórbidos da minha mente que trouxeram a raiva para poder finalmente senti-la.

O arrependimento não assume qualquer lugar no meu coração, talvez saudades inexplicáveis chamem por mim, mas renego-as e renegarei até ao dia em que fores pó.

Não te culpo, culpo-me a mim por me ter envolvido na tua teia de maldade e agora o que deixaste para trás foi a tua pele seca de sentimentos onde me quis, em tempos, agarrar. Espalhaste o teu veneno pelos meus órgãos.

Tudo o que és para mim hoje é uma lembrança empoeirada que se dispersou quando a janela se abriu e trouxe o vento, trouxe a chuva que caí na minha pele levando qualquer traço que tenhas deixado. Porque os dias se tornam felizes quando estás longe e os movimentos são vida quando não existes mais. És tu, és apenas pó.

Com amor, Sally.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Beijo


Talvez seja para além do que se possa sonhar, afinal por entre lágrimas existem sorrisos que nos tornam bichos, tão selvagens, únicos. Não precisas de qualquer argumento, precisas de coragem e paciência. Precisas de ti mesmo para entrares naquele mundo que estás a descobrir. Pensas em descobrir todos os cantos, mas não final percebes que não precisas de sobressair, não precisas de falar, simplesmente fecha os olhos e sente.
Com amor, Sally.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Finalmente Livre


O sonho enlouqueceu-me, recordou-me de todas as saudades que se transformaram em raiva, de todas as lágrimas que se transformaram em sorrisos e de toda a tristeza que finalmente se tornou num raio de sol. Sinto-me totalmente curada do génio doentio que mora em ti e nunca te abandonará.

Com amor, Sally.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sensação


Não sei classificar se é ou não a melhor sensaçao do mundo (ainda me faltam umas quantas!) mas posso classifica-la como a melhor do momento, não me consigo arrepender de nenhum momento que tenha passado contigo, o passado já é só mesmo passado na minha cabeça, agora o passado é desprezivel, é assim que quero e vou pensar nele.
"É mutuo, não te aflijas! xD" Sabes exactamente como e quando fazer-me corar.

Enquanto o poeta fizer poesia, sentirás que tudo isto é vida.

Com amor, Sally.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Procura-se Título!


Devolveste-me o sorriso que o fim-de-semana me roubou. Não há mais como dizer que não, não renegarei mais os sentimentos que escondo e que tu sabes ler, o passado não passa de passado distante e merecedor de ser esquecido.
Com amor, Sally.

domingo, 28 de novembro de 2010

Lembranças


Todos os meus sonhos nocturnos são assombrados pela lágrima da lembrança. Sem sorrisos, com preocupações. Encontrando no meio da companhia a solidão, triste e fria. Ferida por recordar quem simplesmente não merece. Adormecida por lágrimas quentes de quem desconhece.
Com amor, Sally.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Noite Fria


Pela noite escura saímos de volta a casa. Noite fria. Já nao sentia as mãos e os pés estavam já gelados, todo o meu corpo estremecia, recostei-me no banco do carro a ouvir aquele relato chato de um qualquer jogo de futebol, erroscada em mim mesma, abraçando os meus joelhos doridos do frio olhei a lua, tão intocavel, tão perfeita, tão constante. Segui-a com o meu olhar pesado do sono e do frio até desaparecer no meio das árvores escuras e imóveis, até só restar a luz dos faróis que realçavem o nevoeiro espesso. O frio apoderava-se de cada centimetro do meu corpo, até adormecer, gelada.
Com amor, Sally.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mentira


Batom é a mentira dos lábios de quem mente, talvez involuntariamente, talvez por não restar alternativa, procurando sonhos no presente, mas simplesmente encontrando lembranças num antigamente e desfazendo oportunidades que estao para além do que se sente.
Com amor, Sally.

domingo, 21 de novembro de 2010

Caixa de música


Dentro da caixa de música, uma pequena bailarina dança como a chuva por entre a melodia do piano, uma pequena criança observa-a descobrindo a calma de todos os movimentos mecânicos da bailarina. A criança sonha com borboletas e as suas trajectórias intocáveis numa noite escura e fria onde a vida é silêncio e a morte um sorriso.

Com amor, Sally.

sábado, 20 de novembro de 2010

Memórias adormecidas


Talvez por não saber, ouvi a leve melodia viciante, assustadora, bonita e todas as minhas memórias voltaram ao presente. Todas elas, tão indesejadas.

Oh! Peço, memórias: afastem-se dos meus pensamentos. Quero incessantemente o presente de volta e toda a sua vivencia.

Afasta-te e leva-a contigo, acaba com as saudades no fundo do teu poço mais fundo, escuro e sombrio. Regela todas as memórias que contaminam o meu dia ensolarado. Fá-las desaparecer na eternidade para que não assombrem mais nenhuma noite em que a chuva caia.

Com amor, Sally.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sally'entando, o auto-retrato na terceira pessoa.

Uma pequena rapariga, talvez não tão pequena assim, nos seus dezasseis anos (quase dezassete!), já passou por tanto e talvez não tenha passado por nada, quem sabe?! É relativo…

Tem uma vida secreta, que só alguns conhecem, desconhecida e indiferente para tantos outros. É feliz na tristeza, pois a vida nem sempre dá para sorrir, mas ela dá-lhe a volta! Quem não conhece não gosta, raro é quando conhece e continua a não gostar.

Vai com a música, vem com o coração escondido numa parede fria e opaca, á primeira vista inquebrável, quando viste da perto nota-se quão frágil a parede é.

Chamam-lhe sádica e também macabra, mas não percebe a razão.

Perde-se pelas letras que fogem da sua caneta, encontra-se em imagens e recordações.

Não tem a vida perfeita, vai trabalhando para torna-la melhor.

Também chora, também grita, também sente mesmo que o esconda atrás do permanente sorriso, ela disfarçadamente chora enquanto sorri.

Não consegue ver o mal nas pessoas com cara de anjo, além de tudo é ingénua.

Vive no seu próprio mundo confusa, inquieta, desajeitada e pensativa.

E então apresento-te a Sally, a sonhadora.

Com amor, Sally.